quinta-feira, 9 de maio de 2013

O país improvável


As vésperas do Grito do Ipiranga, o Brasil tinha tudo para dar errado.
Para começar, de cada três brasileiros, dois eram submetidos a trabalho forçados e privados de qualquer direito (escravos).
Ao retornar a Lisboa em abril de 1821, o rei D.João VI deixada para trás em Brasil profundamente transformado pelas decisões que havia tomado nos seus 13 anos de permanência no Rio de Janeiro. No entanto, sua última providência antes de partir fora desastrosa para o país. Mandava raspar cofres do Banco do Brasil e encaixotar às pessoas o ouro, os diamantes e outras pedras preciosas.
Como o resultado, em dezembro de 1821 a dívida nacional atingia 9.800 contos de réis ou seiscentos milhões de reais atuais, valor que triplicaria nos anos seguintes.
Em Portugal a situação também era precária, mas de lá a cada dia chegavam notícias de novas providências destinadas a esmagar os dispersos partidários da independência brasileira.
Mais tarde, no esforço de comprar navios, contratar oficiais e marinheiros mercenários e manter acesa a esperança de vencer Portugal a guerra pela independência, o governo tomou duas providências. Uma delas foi, a exemplo da metrópole, recorrer aos empréstimos internacionais. Os dois primeiros foram contraídos em 1822, sendo que 20% do montante foi retido pelos bancos como taxa de risco e pagamento de juros antecipados. O novo país já nascia endividado e assim permaneceria pelos dois séculos seguintes. A segunda providência envolveu uma prática também conhecida dos brasileiros até alguns anos atrás : a inflação.
As dificuldades financeiras somavam-se os problemas econômicos. A independência do Brasil ocorreu no meio de uma transformação importante na economia brasileira.
Como o resultado da abertura dos portos e da liberdade de comércio concedida por D.João em 1808, havia surgido um crescente mercado brasileiro exportador e um próspero sistema de trocas internas entre as províncias.
Às vésperas de embarcar de volta para Lisboa, em 1821, D.João VI dera um sábio conselho ao filho D.Pedro, nomeado príncipe regente: "Pedro, se o Brasil tiver de se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para qualquer um desses aventureiros." Nessa frase havia três mensagens. A primeira: depois de todas as transformações ocorridas desde 1808, a independência brasileira parecia inevitável. A segunda: o processo de separação tinha de ser controlado pela monarquia portuguesa e pela real família de Bragança. A terceira e última mensagem dizia que D.Pedro precisava evitar a todo custo que  novo país caísse nas mãos dos republicanos.
Como líder dos monarquistas constitucionais, Bonifácio sustentava que só a aparência do príncipe regente no Rio de Janeiro garantirá a integridade territorial brasileira e o sucesso na luta contra os portugueses.
Foi o profeto que prevaleceu, no final, graças à liderança de Bonifácio. Era o que oferecia menos riscos naquele momento. O Brasil se manteve unido sob o governo do Imperador Pedro I, cujos poderes aos menos em parte, foram limitados por uma constituição liberal. As divergências regionais foram sufocados à custa de guerras, prisões, exílio e perseguições. Foi esse o caminho longo e penoso, repleto de incertezas, sangue e sofrimento, que o Brasil trilhou para assegurar a sua independência.

escritora:Liliane Selva

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Vendaval

Dez quilômetros ao norte do centro de Paris fica a basílica de São Dionísio,monumento gótico do século VII .No subterrâneo dessa catedral existe duas grandes caixas,escondidas num corredor escuro e coberta com lápides de mármore.Ali estão restos mortais de reis franceses dos últimos mil anos.Já houve túmulos e inscrições para cada soberano.O ossuário de Saint-Denis é um exemplo das consequências do vendaval.Em 1793 as ruas tomou o poder da França.Inúmeros nobres e a família real foram guilhotinados,muitos revolucionários invadiram o ossuário de Saint-Denis,saquearam os túmulos e atiraram os ossos na lama.em 1817 os ossos foram recolhidos e na hora do sepultamento foi impossível identificar  de quem eram os ossos  então foram todos colocados juntos.Se até os ossos dos reis podiam ser jogados na lama,qual a diferença havia entre plebeus e os de sangue azul?foi nesse clima mundial que se deu a independência do Brasil.Logo entraria Napoleão Bonaparte, maior gênio militar que a historia já conheceu.
Napoleão destronou,prendeu,exilou e humilhou vários monarcas da Europa,Portugal era uma monarquia bem desse tipo.A independência dos Estado Unidos da América também foi um marco importante pois influenciou na independência do Brasil,a independência Americana desafia a coroa inglesa que servia de inspiração,no Brasil,para a inconfidência mineira.Na época D.Maria I reinava em Portugal.por inspiração da soberana,que acreditava estar preservando privilégios de nascença.Tiradentes foi exemplo de outros libertários antes e depois dele,torturando e executado pelas autoridades portuguesas aqui no Brasil.
A maré das inovações na Europa e nos E.U.A  chegaria com atraso no Brasil.Era uma situação bem diferente da dos Estados Unidos,onde a cultura protestante havia criado uma colônia alfabetizada,empreendedora,habituada a participar das decisões comunitárias e a se manter bem-informada sobre as novidades que chegavam da Europa.Em 1776,o ano da independência,o padrão de vida dos Estados Unidos já era superior ao da sua própria metrópole,a Inglaterra.A circulação de jornais chegava a três milhões de exemplares por ano,marca que o Brasil só chegaria a atingir dois séculos mais tarde.Até os escravos eram alfabetizados.O índice de analfabetismo aproximava-se de zero.Haviam nove universidades,incluindo a prestigiada Harvard,criada em 1686.Apesar do isolamento e do atraso as ideias revolucionárias chegavam ao Brasil.Em 1794 grupos se reuniam para discutir as novidades que chegavam de fora da colônia.A antiga América portuguesa seria sacudida pelo vendaval,um novo país nasceria da tempestade.

Escrito por: Maria Victória

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Grito

O primeiro capítulo do livro fala o que aconteceu antes e depois de D.Pedro,o príncipe regente,dar o grito de independência do Brasil.Ele estava com trajes cobertos de lama,poeira e ele estava com um desarranjo intestinal.Meses antes haviam conflitos entra Brasil e Portuga.Antes de zarpar para Lisboa deixou D.Pedro como príncipe regente,depois de D.João partir,as cortes ordenaram o retorno de D.Pedro a Portugal,mas ele decidiu ficar no Brasil que ficou famosa como o -Dia do Fico- as cortes tentavam ridicularizá-lo, chamando-o de "rapazinho" ou de "Brasileiro".A independência ocorreu quando José Bonifácio falou:
- Se vossa alteza não se faz rei do Brasil será prisioneiro das cortes e,talvez,deserdado por elas.Não há outro caminho senão a independência e a separação
D.Pedro caminhou alguns passos em silêncio e estacou no meio da estrada dizendo
-Padre Belchior,eles o querem,eles terão a sua conta.As cortes me perseguem,chamam-me com desprezo de rapazinho e de Brasileiro.Pois verão agora quanto vale o rapazinho.De hoje em diante estão quebradas as nossas relações.Nada mais quero com o governo Português e proclamo o Brasil,para sempre separado de Portugal.
Respondemos:
-viva a liberdade!viva o Brasil separado!viva D.Pedro!
O príncipe virou-se para seu ajudante de ordens e falou!
-Diga á minha guarda que eu acabo de fazer a independência do Brasil.Estamos separados de Portugal.

Escritora do Resumo: Ana Karolina Neves

terça-feira, 9 de abril de 2013






Na véspera de sua independência, o Brasil tinha tudo para dar errado. O novo país já nascia falido. Nesta edição juvenil do best-seller 1822, ricamente ilustrada com as aquarelas da artista plástica Rita Bromberg Brugger, o escritor Laurentino Gomes relata como o Brasil de 1822 acabou dando certo por uma notável combinação de sorte, improvisação, acasos e também de sabedoria dos homens responsáveis pela condução dos destinos do novo país naquele momento de grandes sonhos e muitos perigos. Embarque nesta leitura e conheça a história de nossa independência de uma forma leve e divertida.